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Todos com o Papa, na ecologia integral


Carta encíclica “Laudato si”:



“Um crime contra a natureza é um crime contra nós mesmos e um pecado contra Deus” (Papa Francisco, P.8).



A Carta circular é dirigida a toda humanidade (2015), conclamando a cuidar da casa comum. Está entre as 3 mais importantes cartas encíclicas da Igreja Católica.





Eixos temáticos abordados:



1 – A relação entre os pobres e a fragilidade do planeta



2 – A convicção de que no mundo tudo está interligado



3 – A crítica ao paradigma e às formas de poder que derivam da Tecnologia



4 – O convite a buscar outras maneiras de compreender a economia e o progresso



5 – O valor próprio de cada criatura



6 – O sentido humano da ecologia



7 – A necessidade de debates honestos e sinceros



8 – A grave responsabilidade da política internacional e local



9 – A cultura do descarte



10 – A proposta de um novo estilo de vida



Como a carta está estruturada?



Dividida em 6 capítulos, com um total de 246 parágrafos e três orações, foi escrita com o método da Ação Católica: Ver, Julgar e Agir. Inserir na realidade com o olhar de Deus, com julgamento do Evangelho e uma Ação concreta de transformação.



São Francisco de Assis é o exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade. Seu testemunho nos põem em contato com a essência do ser humano. Vivendo com simplicidade nos ensinou que são inseparáveis a preocupação pela natureza, a justiça para com os mais pobres, o empenho na sociedade e a paz interior. Enchendo-se da maior ternura ao considerar a origem comum de todas as coisas, dava a todas as criaturas – por mais desprezíveis que parecessem – o doce nome de irmãos e irmãs. Assim, Papa Francisco inicia a encíclica retomando os ensinamentos desse santo católico que formou as bases da ecologia integral para o desenvolvimento humano, nos convidando a elevar acima de uma realidade superficial, para além de um mero objeto de uso e de domínio.



No Capítulo 1 (“O que está acontecendo com nossa casa”) o Papa demonstra preocupação com fenômenos de poluição, de produção de lixo, da atmosfera contaminada e da cultura do descarte. Reconhece a gravidade do desafio das mudanças climáticas. Na questão da água se preocupa com as consequências da escassez sobre os custos dos alimentos, o controle da água por grandes empresas e os conflitos do acesso à esse direito. Ressalta que todas as conseqüências da degradação ambiental recai especialmente sobre os mais pobres, fracos e vulneráveis. Conversa também sobre a biodiversidade e a importância de lutar contra a extinção das espécies.



No Capítulo 2 (“O Evangelho da Criação”) se ressalta que o cuidar do meio ambiente é tarefa que está no seio da fé. Cada criatura tem um valor e um significado e a degradação atua em nós como uma doença, uma mutilação, um envenenamento. Critica o atual modelo de desenvolvimento que não preserva a Espiritualidade do descanso, pois a Terra precisa de descanso para se recuperar.



Em “A raiz humana da crise ecológica” (Capítulo 3) se evidencia o risco do paradigma tecnocrático. Que há sintomas visíveis da raiz humana da crise ecológica como: a degradação ambiental, a ansiedade, a perda do sentido da vida e da convivência social, o ritmo do consumismo insustentável, o risco permanente do individualismo, problemas sociais, crises dos laços familiares e sociais, com dificuldade de reconhecer o outro. Ressalta que o mercado, o capital, por si mesmo, não garante o desenvolvimento humano integral nem a inclusão social. Devemos exigir e atuar.



No Capítulo 4 (“Uma ecologia integral”) o Papa Francisco ressalta a importância de uma vivência de uma ecologia integral. Uma ecologia com todas as ecologias. Ecologia ambiental, social e econômica. Ecologia da cultura. Ecologia do cotidiano. A ecologia humana é inseparável da noção de bem comum: princípio que desempenha papel central e unificador na ética social. Associa o bem comum com as futuras gerações. A Terra nos empresta e temos de entregá-la às próximas gerações.



No Capítulo 5 (“Algumas linhas de orientação e ação”) o Papa Francisco fala sobre responsabilidades. Que há vencedores e vencidos em várias escalas e propõe uma política de grandes visões, de longo prazo, de continuidade, com políticas sociais inclusivas e participativas, matriz energética de transporte, redução da desigualdade e agricultura familiar.



No último Capítulo (“Educação e Espiritualidade ecológicas”), chama a todos a cuidar da criação com menos – consumo consciente – fazendo um retorno à casa comum. Diz que vale ser bom e honesto, define o amor civil, político e social. Evidencia que tudo está interligado e devemos educar para a aliança entre a humanidade e o ambiente, cultivando virtudes do respeito, empatia, compaixão, solidariedade, com responsabilidade e coletividade para pensar em grandes estratégias.



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